Abril – 2018
Os indicadores divulgados em abril demonstraram uma sensível piora nas perspectivas da economia brasileira. Os índices de confiança do comércio, indústria e empresarial recuaram, interrompendo a recuperação da economia pelo oitavo mês consecutivo. A agência de classificação de riscos Moody’s alterou a perspectiva da nota soberana do Brasil, de “negativa” para “estável”, e reafirmou o rating em “Ba2”. A agência foi a última entre as três principais avaliadoras de risco a fazer a alteração.
O Comitê de Política Monetária do Banco Central segundo consenso de mercado é de que a taxa será reduzida em 0,25% a.a. indo para o patamar de 6,25% a.a., nova mínima histórica desde a adoção do regime de metas para a inflação, em 1999. As projeções para o crescimento do PIB foram aumentadas, em 2.75% ante 2.66% em 2018 e em 3.00% em 2019.
Nos Estados Unidos, os diretores do Federal Reserve reunidos decidiram por unanimidade manter a taxa entre 1,50% e 1,75% a.a e projetam uma trajetória mais acentuada de altas em 2019 e 2020, citando uma melhora nas perspectivas econômicas. O setor privado dos Estados Unidos adicionou 241 mil postos de trabalho em março, após gerar 246 mil vagas em fevereiro. A taxa de desemprego de 4,1%, manteve-se no menor nível desde dezembro de 2000 e ficou estável pelo quinto mês consecutivo.
A economia chinesa expandiu-se num ritmo acelerado nos primeiros três meses de 2018, estabelecendo uma meta de crescimento de seu PIB em torno de 6,5% para este ano. A China registrou em março um déficit comercial de US$ 4,98 bi, resultado da queda das exportações, o que contrariou as expectativas depois dos ótimos desempenhos registrados nos meses anteriores. As importações avançaram 14.4% YoY. As exportações recuaram 2,7% YoY, sugerindo que a demanda doméstica pode ainda ser sólida o suficiente para aguentar qualquer guerra comercial.
O presidente do Banco Central do Japão, Haruhiko Kuroda, disse que precisará eventualmente avaliar como normalizar sua política monetária expansionista. Mas reiterou que é cedo demais para debater meios específicos para reduzir o estímulo com a inflação distante da meta de 2%.
Na zona do euro, o presidente do Banco Central Europeu (BCE) anunciou que a economia da zona do euro continuará dependente do crédito barato e que estão utilizando a prorrogação até setembro de 2018 de seu programa de compra de ativos embora com um volume menor, para afastar qualquer expectativa de aumento nos custos dos empréstimos. A taxa de desemprego da zona do euro ficou em 8,5% em março, inalterada em relação à de fevereiro e no menor nível desde dezembro de 2008, segundo dados calculados pela agência oficial de estatísticas da União Europeia.